Inês Cardoso

#Human nature

Ilha de onde é natural ou onde reside
Sou natural da Ilha do Faial, mas vivi toda a minha vida na Ilha de Santa Maria, e por isso sinto-me mais Mariense que Faialense.


Profissão
Sou estudante.


Faz – ou fez – parte de alguma associação, coletividade, banda filarmónica, etc.? O que a levou a envolver-se?
Não fiz parte de nenhuma coletividade, mas sempre estive ligada à música e tive algumas bandas na ilha de Santa Maria (Wave Soul e Heart&Soul Music). Atualmente, tenho um projeto musical a solo e um projeto musical familiar, os Plano C.


Qual a sua memória preferida ligada a um evento cultural em que tenha participado/ a que tenha assistido? Porquê?
É difícil destacar apenas um momento especial, mas diria que a minha memória preferida ligada a um evento cultural foi voltar a subir ao palco, após dois anos parada, e poder voltar às pessoas através da música tradicional açoriana. Este momento aconteceu nas Festas 15 de Agosto, agora em 2022 (festas do município de vila do Porto), e subi ao palco com o meu pai e irmão, os Plano C.

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Sente-se ligada à cultura nos Açores? De que forma?
Sinto-me ligada à cultura açoriana, sobretudo a nível musical. Gosto de procurar as tradições musicais, perceber a importância de alguns compositores/artistas. Para além da música, tenho curiosidade em pesquisar o que está a acontecer nas várias ilhas, quando viajo para as outras ilhas gosto de explorar, procurar os eventos, o que se destaca, os museus, etc.

Considera a cultura importante para a Região? Porquê?
A cultura é, na minha opinião, um dos aspetos mais importantes que caracterizam não só a nossa região, como qualquer parte do mundo. Cada pedacinho de terra tem a sua cultura, os seus eventos, as suas tradições e distingue-se por isso mesmo.


Como vê o futuro da cultura na sua ilha e na Região? O que a faz ser optimista/pessimista?
Infelizmente não me sinto muito otimista no que toca ao futuro da cultura na Ilha de Santa Maria. Sinto que é necessária uma mudança muito grande para que possa começar a abrir portas a coisas novas. Por muito que tentem criar algo novo, é difícil ser aceite pelo público mariense. A falta de vários eventos ao longo dos últimos anos também não ajudou. Sinto que, no geral, nós marienses não sabemos apreciar um museu, um lançamento de um livro, uma exposição, o artesanato, peças de teatro, concertos de outros estilos de música que não estejam incluídos nas festas de verão. Sinto que quando há algo novo são sempre as mesmas pessoas que aparecem, que partilham, que ajudam, que colaboram.

No que toca à Região Autónoma dos Açores em si, já me sinto mais otimista. Existem cada vez mais projetos culturais a surgir, e nisso o Azores 2027 tem sido um grande aliado. 


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