Vanessa Canto

Ilha de onde é natural ou onde reside
Ilha Terceira

Profissão
Bailarina e co-fundadora da MOOT

Faz – ou fez – parte de alguma associação, coletividade, banda filarmónica, etc? O que a levou a envolver-se?
Não.

Qual a sua memória preferida ligada a um evento cultural em que tenha participado/ a que tenha assistido? Porquê?  
Ao retomar a casa, aliar a dança à natureza surge-me como missão indispensável ao meu bem-estar e inevitável. Fica comigo a memória da experiência na Terra Incógnita, no âmbito da edição de 2022 do Tremor, em que tive o prazer e o desafio de colaborar junto a músicos e bailarinos para a criação de uma performance pensada para um trilho em especifico. Todo o processo de criação e performance obedeceram harmoniosamente à relação espaço/natureza e público proporcionando um momento único por quem lá passou. 

Sente-se ligada à cultura nos Açores? De que forma?
Sinto-me parte responsável da cultura nos Açores. Partilho a minha missão e responsabilidade participando de projetos educativos, de criação e no âmbito da inclusão social através das artes.

Considera a cultura importante para a Região? Porquê?
A cultura permite-nos sonhar de forma ambiciosa e transcendente. Para maior necessidade, na ultra periferia da Europa, só de mãos dadas à cultura e comprometidos com a sua importância conseguiremos respirar em direção a um futuro que nos distingue em prosperidade e sustentabilidade.

Como vê o futuro da cultura na sua ilha e na Região? O que a faz ser otimista/pessimista?
Sem a garantia de fixação de talento na região, o nosso futuro ficará sempre comprometido. Somente ao prioritizar este compromisso, criando oportunidades de trabalho digno e respetivos apoios, conseguiremos garantir o futuro do setor da cultura na nossa região. Na relação próxima com artistas e agentes culturais locais comprometidos com a missão de elevar a cultura nos Açores, restabeleço a minha esperança e a minha responsabilidade com o nosso futuro. A eles, obrigada.