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Candidatura a Capital Europeia da Cultura reinterpreta a Identidade Cultural Açoriana

O Vereador da Cultura da Câmara Municipal, Sérgio Rezendes, afirmou, sexta-feira à noite, que a candidatura de Ponta Delgada a Capital Europeia da Cultura (Azores 2027) “é uma reinterpretação da nossa Identidade Cultural”.
O autarca falava na apresentação do projeto “Herbário Comunitário dos Açores”, coordenado por Bruno Marquez no âmbito da iniciativa "Mão em Mão" da Azores 2027, em representação do Presidente da Câmara, Pedro Nascimento Cabral.
“Este projeto é pioneiro na reinterpretação daquilo que queremos que seja a nossa candidatura, daquilo que queremos que seja a Arte e a Ciência subjacentes a todo este processo” – acentuou o autarca, que é também o coordenador da candidatura em apreço.
Para Sérgio Rezendes, a Azores 2027 “vai garantir a projeção internacional que esperamos venham a ser as segunda e terceira fases desta nossa candidatura”.
O “Herbário Comunitário dos Açores”, que contou com a participação dos idosos do Nordeste, mostra ao público em geral 31 espécies endémicas de um total de mais de uma centena que foram recolhidas no decorrer do projeto.
Esta iniciativa começou com a recolha de plantas endémicas e nativas no Nordeste em conjunto com a comunidade como forma de valorizar o Património Natural e Cultural.
Com a recolha deste material surgiu a criação da curadoria e a exposição.
O projeto elaborado aprofundou no conhecimento sobre a flora nativa e endémica dos Açores, como uma forma de aceder e divulgar o Património Natural do arquipélago.
Um herbário é uma coleção de plantas ou partes de plantas secas, conservadas e identificadas, acompanhadas de informação como a identidade do recoletor, o lugar, a data de recolha, e o habitat onde se encontrou a planta.
Estas são classificadas e utilizadas como material para o estudo da botânica, a investigação e a educação ambiental. A particularidade desta iniciativa encontra-se em que o conhecimento não é só elaborado pelos científicos ou especialistas, pelo contrário, pretendeu-se envolver à comunidade como parte do processo, tornando-lhes em autores e criadores do conhecimento em conjunto a partir das atividades desenvolvidas.
Como estratégia de divulgação deste projeto foi realizada a referida exposição que apresenta a seleção das plantas recolhidas, incluindo fotografias e desenhos feitos nas atividades, de modo a alargar a toda a comunidade o conhecimento destas espécies outrora comuns e presentes no quotidiano. o projeto criou um herbário com espécies de flora nativa e endémica, aumentando as ferramentas para a investigação, a educação ambiental e a divulgação sobre o património natural dos Açores.