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Ponta Delgada – Azores 2027 entrega dossiê de candidatura da fase de seleção

O diretor artístico de Ponta Delgada – Azores 2027, António Pedro Lopes, entregou hoje, no GEPAC - Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais, em Lisboa, o dossiê de candidatura da fase de seleção. Com o conceito "Natureza Humana", este documento mostra uma visão para o que pode ser o ano de 2027, se Ponta Delgada receber o título de Capital Europeia da Cultura.
Ao longo de 100 páginas, o dossiê ilustra um sonho coletivo, que nasceu pela vontade de um movimento cívico de cerca de 800 pessoas, e detalha a intenção de Ponta Delgada de envolver todo o arquipélago açoriano na Capital Europeia da Cultura. Para além do programa artístico, é revelado de que forma é que este evento complementa a Estratégia Cultural do município pensada para a próxima década. Este é um documento técnico, onde cabem seis critérios de avaliação, incluindo monitorização, conteúdo cultural e artístico, dimensão europeia, alcance, gestão, e capacidade de implementação, mas é também um "espaço de futuro", destacou António Pedro Lopes.
O diretor artístico da candidatura realça que o dossiê que foi hoje entregue "é o fruto de um trabalho que vem a ser feito desde 2022, depois de Ponta Delgada ser selecionada, para a fase final da Capital Europeia da Cultura 2027, e convidada a entregar um documento mais detalhado, a partir das recomendações do júri europeu". É também o resultado de "um processo de auscultação e conversas com agentes culturais e a sociedade civil nas nove ilhas, para se perceber as necessidades, os desafios e a visão dos açorianos para receber e fazer uma Capital Europeia da Cultura e para lhe dar uma dimensão regional".
Findos longos meses de trabalho, António Pedro Lopes destaca o "sentimento de orgulho" criado em toda a região e a sensação de "capacidade para desenvolver aquilo que se quiser em relação à sua cultura". "O que nos deixa contentes, como equipa, são os princípios de cooperação entre ilhas, nas ilhas dentro de cada ilha, com a Europa, com as Américas. Não estamos ‘ilhados’ nem isolados, e quanto mais nos conhecermos, apoiarmos a nossa co-existência e colaborarmos, mais fortes sairão os Setores Culturais e Criativos, e a presença e impacto na vida das pessoas das práticas artísticas e culturais", afirma.
Numa altura em que a equipa prepara a visita do júri à cidade e a apresentação perante o painel de jurados, que acontecerá em dezembro, em Lisboa, o dossiê serve como uma "base para se continuar a trabalhar, independentemente do resultado". O título de Capital Europeia da Cultura "não é um prémio, mas sim uma bolsa de estudo", considera. "Temos de continuar a trabalhar, expandir o programa, ouvir mais pessoas, pô-las em contacto com o projeto, trazer mais ferramentas para que sejamos mais a participar, e mais capazes a implementar boas práticas na cultura".
Ponta Delgada, que se candidata com a região dos Açores, é uma das quatro cidades finalistas para se tornar Capital Europeia da Cultura em 2027, juntamente com Aveiro, Braga e Évora.
Depois de uma visita às quatro cidades e de uma apresentação de cada uma delas, o júri revela, a 7 de dezembro, qual a próxima cidade portuguesa a receber o título. Independentemente do resultado, a equipa de Ponta Delgada – Azores 2027 ficará a "avaliar, entender que legado fica, que projetos podem continuar e que estrutura é que o processo de candidatura deixa à Câmara Municipal de Ponta Delgada para que seja possível implementar continuamente a Estratégia Cultural Ponta Delgada 2020-2030".