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Presidente da Comissão de Cultura da AR diz que candidatura a CEC beneficia a comunidade

O presidente da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto da Assembleia da República, Luís Graça, afirmou que este órgão defende “a ideia da centralidade da cultura na construção de uma comunidade”.
Uma comitiva de 13 membros desta comissão visitou Ponta Delgada, na terça-feira, na primeira visita às quatro cidades finalistas para a Capital Europeia da Cultura em 2027 (Ponta Delgada, Aveiro, Braga e Évora). Durante uma receção nos Paços do Concelho, os membros desta comissão foram unânimes em considerar que a candidatura de Ponta Delgada - Azores 2027 “já é vencedora”, independentemente do resultado final, por ter criado dinâmicas de diálogo e parceria entre agentes culturais e outros setores da sociedade.
Para Luís Graça, todo o processo “é muito bom para a democracia, como aliás mostra esta candidatura dos Açores, pela forma como começou, com os cidadãos a pedirem a mobilização da classe política em torno desta ideia de uma candidatura a Capital Europeia da Cultura”.
“Isto é bom para a comunidade, é bom para a democracia”, vincou.
O parlamentar espera que outros municípios olhem para Ponta Delgada, para Aveiro, para Braga e para Évora e percebam que a cultura é um motor, que pode ser um motor de desenvolvimento para as suas terras”.
Também o diretor artístico de Ponta Delgada – Azores 2027, António Pedro Lopes, apontou para o trabalho da candidatura, assente no “pensamento de arquipélago - daqueles que ousam e têm a coragem de ir ao encontro dos outros, com compromissos de construção e de um futuro construído em conjunto”.
É por isso, referiu o diretor artístico, que este processo, liderado por Ponta Delgada, sempre teve o objetivo de incluir todos os municípios e todas as ilhas açorianas, mas também de construir “de forma ascendente - com as pessoas, com quem faz a cultura, com quem se interessa por ela e com outros setores da sociedade, como o turismo, a educação, a juventude ou a ciência”.
A cidade de Ponta Delgada, e o arquipélago dos Açores querem, com este intento, afirmar-se como mais do que “um lugar de passagem - como um lugar de potência, de laboratório, sobretudo, um lugar de futuro” e um “possível espelho da Europa”.
Com quase 600 anos de ocupação europeia, que se celebram em 2027, a região quer afirmar-se como uma “ponte cultural” que traz “a dimensão atlântica da cultura europeia” e a leva “para as Américas, para todos os cantos do mundo onde existe a diáspora açoriana”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Pedro Nascimento Cabral.
Paralelamente à candidatura, foi criada a Estratégia Cultural Ponta Delgada 2030, que garante que o trabalho iniciado com esta iniciativa terá continuidade na próxima década.