Ana Manso

#Natureza humana

Ilha de onde é natural ou onde reside
São Jorge


Profissão
Psicóloga de formação, cogerente em negócio familiar


Faz – ou fez – parte de alguma associação, coletividade, banda filarmónica, etc? O que a levou a envolver-se?
Atualmente, sou presidente da direção da Filarmónica Recreio São Lázaro, no Norte Pequeno, mas sempre tive uma participação ativa em atividades culturais, nomeadamente, banda filarmónica, grupo de cordas, escoteiros, grupo coral, marchas populares e tuna académica. O que me fez envolver na direção da minha banda filarmónica, no presente, foi o meu regresso a São Jorge e, com ele, a vontade de me envolver na comunidade e contribuir para o seu florescimento.


Qual a sua memória preferida ligada a um evento cultural em que tenha participado/ a que tenha assistido? Porquê?  
Enquanto coordenadora da comissão organizadora de um festival de tunas académicas – da tuna à qual pertenci – guardo as memórias de dias de muito trabalho e desafios constantes, mas também de muita colaboração e celebração por parte das centenas de pessoas que participam num evento deste tipo.

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Sente-se ligada à cultura nos Açores? De que forma?
Cada vez mais, embora sinta que a cultura da região, em particular em São Jorge, está bastante abatida. Contudo, sinto-me ligada através do meu envolvimento na direção da filarmónica e, mais recentemente, como embaixadora da candidatura de Ponta Delgada – Açores a Capital Europeia da Cultura. Tanto um como outro dão-me acesso a uma rede de pessoas que estão ligadas à cultura e, por conseguinte, isso faz-me participar mais, seja como agente cultural ou como mera espectadora.


Considera a cultura importante para a Região? Porquê?
Sem dúvida. A cultura, no meu ponto de vista, coneta as pessoas de uma forma muito particular e genuína. E essa conexão é essencial para a insularidade que caracteriza as nossas vidas nas ilhas. 


Como vê o futuro da cultura na sua ilha e na Região? O que a faz ser otimista/pessimista?
Penso que temos condições e potencial para, de forma inovadora, fazer renascer a cultura de uma região em que esta outrora abundava, e aqui penso que a candidatura poderá ter nisso um papel fundamental. Não obstante, creio que o futuro dependerá bastante da nossa capacidade de união e sentido de comunidade. Julgo ser necessário a desconstrução de estereótipos sobre diferentes grupos de pessoas, nomeadamente, entre diferentes gerações, e combater a falta de informação no que diz respeito à matéria cultural (divulgação de eventos, formações culturais, etc.)

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