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Mário Lino Faria
Ilha de onde é natural ou onde reside
Nasci em S. Miguel e sempre residi em Ponta Delgada
Profissão
Técnico de Saúde
Faz – ou fez – parte de alguma associação, coletividade, banda filarmónica, etc? O que o levou a envolver-se?
Sou o fundador e responsável pelo Museu Heavy Metal Açoriano. Sempre estive ligado ao heavy metal regional, como promotor e divulgador (página semanal em jornal local, criador de fanzine, distribuidor underground, etc.).
Qual a sua memória preferida ligada a um evento cultural em que tenha participado/ a que tenha assistido? Porquê?
Muitas e boas são as memórias, mas vou apenas citar duas: Açores Pop Rock, nos inícios dos anos 90, e a razão foi ter sido o "rastilho" para a grande explosão de bandas de heavy metal na região. O outro foi o Festival Metalicidio On Stage, porque fiz parte da organização e logística, e pelo facto de ter sido um festival com fortes nomes continentais do género.
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Sente-se ligado à cultura nos Açores? De que forma?
Sim, sinto que sou uma peça importante na divulgação e promoção do heavy metal local. Na música, com incidência nesta área mais excluída e rejeitada, acho que sou dos poucos que se dedica a esta causa "perdida". Mas orgulho-me de conseguir difundir os nossos talentos em Portugal continental e em muitos outros países.
Considera a cultura importante para a Região? Porquê?
Claro que a cultura, em qualquer das suas formas ou vertentes, é muito importante. É uma forma de expressão local e a identidade de um povo, cidade, ilha ou região (neste caso os Açores).
Como vê o futuro da cultura na sua ilha e na Região? O que o faz ser otimista/pessimista?
Vejo o futuro idêntico ao passado. Sempre com muitos artistas a fazer valer o seu trabalho a muito custo, e as entidades competentes sem darem os apoios devidos. Uma luta difícil.
Agora que existe a candidatura a "Capital Europeia da Cultura" é que é "tudo um mar de rosas", há muitos apoios e muitos projetos a serem desenvolvidos, e a Cultura é "linda" é tudo um "paraíso".
Quando acabar estes "anos das vacas gordas", volta tudo ao mesmo marasmo de sempre e a Cultura já não é "prioridade".
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