Casa dos Açores: Norte

José Manuel Tavares Rebelo
#Human nature
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Nome da Casa dos Açores/localização?
Casa dos Açores do Norte
Rua do Bonfim, 163
4300-069 Porto- Portugal


Data da fundação?
06 de Março 1980


Resumo da história da Casa?
A Casa dos Açores do Norte (CAN) é uma instituição regionalista fundada no Porto, em 6 de março de 1980.

A partir de 1990, as energias voltaram-se em grande medida para a angariação de meios e instalação da atual sede, com dimensão e dignidade ajustadas às ambições da instituição e brio da comunidade açoriana do Norte.

No III Encontro das Câmaras Municipais dos Açores, em maio de 1982, em Angra do Heroísmo, foi decidido, por unanimidade, recomendar às Câmaras e Assembleias Municipais da Região a atribuição de um subsídio no montante de 0,5% do produto da receita arrecadada, destinado a auxiliar a aquisição da sede definitiva, que até à data estava instalada em pequenos apartamentos da cidade do Porto.

Com a aprovação da candidatura ao PIDDAC, em dezembro de 1996, dá-se início a uma tarefa gigantesca: a construção da sede definitiva, a qual foi iniciada em Maio de 1997, tendo sido inaugurada dois anos depois.

A preocupação inicial de reunir os associados sob uma perspetiva saudosista deu lugar à procura de uma imagem forte dos Açores no Norte de Portugal, numa ótica de serviço às comunidades (à de origem e à de inserção), buscando aproximar e dar a conhecer a realidade açoriana aos nortenhos, projetando a cultura e identidade regionais, como marcas da grande vitalidade lusa no Atlântico.

Em abril de 2008, a equipa dirigente da CAN foi substituída. Assistimos a uma nova etapa no seu percurso de 28 anos, com uma nova imagem, novas caras e um entusiasmo
jovem e dinâmico. Ponciano Oliveira, o novo Presidente da Direção, afirma: “O futuro da Casa dos Açores é a continuação do seu passado, porém, com as alterações que a
passagem do tempo impõe. Queremos aproveitar a matriz deixada pelos fundadores – comemorando o Divino Espírito Santo, fomentando todas as atividades culturais, abrindo a Casa à cidade, apoiando os doentes e seus familiares que se desloquem ao Porto para tratamento. Estas atividades já eram desenvolvidas pelos próprios dirigentes da CAN, em regime de voluntariado.”

A terceira década constituiu um novo paradigma de desenvolvimento da instituição com a projeção de novas e mais robustas atividades, como foi o Congresso do Chá, a organização da primeira missão empresarial aos Açores e a consolidação do Conselho Mundial das Casas dos Açores, nascido dum exercício de reflexão promovido pela Casa para o qual convidou as suas congéneres. Nessa década, operou-se o início duma transição geracional nos corpos diretivos e na interpretação do modelo de desenvolvimento e sustentabilidade da instituição, assim como a sua crescente afirmação na comunidade portuense. Com efeito e sempre no desenvolvimento e inovação do espírito dos fundadores, a instituição procurou implementar, para levar a cabo a sua missão, um modelo sustentável de criação de valor social, respondendo a necessidades concretas dos Açores e da comunidade açoriana no Norte, com ganhos de sustentabilidade para a instituição. A criação dos programas de apoio psicossocial e a consolidação dos programas anuais de atividades são fruto desse modelo, apoiados numa estrutura profissional que permite responder a novos desafios, angariar maior disponibilidade para a integração de novos elementos nos corpos sociais e despertar o interesse associativo junto da comunidade açoriana e nortenha. A CAN assumiu assim um protagonismo crescente na cidade e integrou o conselho social e cultural da sua freguesia (Bonfim) e a rede social da cidade do Porto.


Um sonho para os Açores?
O sonho é que os Açores se afirmem como pólo gravítico da açorianidade, e esta, por sua vez, exponencie todo o seu potencial de riqueza cultural, de valores e económica.

Que os autores açorianos de todas as artes sejam amplamente reconhecidos no mundo; que esse reconhecimento seja associado por natureza aos valores da nossa identidade; que essa identidade mantenha a sua matriz solidária; e que o modelo de desenvolvimento dos Açores assente na otimização dos recursos do arquipélago e seus mares e na interação com as comunidades açorianas no mundo, duma forma sustentável e harmoniosa com o planeta.

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José Manuel Tavares Rebelo nasceu a 5 de maio de 1939, em Ponta Delgada. Licenciou- se em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em 1970, e desde esse ano que vive no Porto. É casado com uma portuense, tem 2 filhos e 3 netos, nascidos nesta cidade. Foi cofundador da Casa dos Açores do Norte (1980) e presidente da sua Direção durante 15 anos, sendo, atualmente, presidente da Assembleia Geral. Foi, ainda, cofundador do Conselho Mundial das Casas dos Açores/CMCA, em 1997 (como representante da CAN); cofundador da Confraria Atlântica do Chá (2007) e seu presidente da Direção até 2012. Entre 1980-83, coordenou o Projeto de educação ambiental “Renascença Urbana e Escola”, uma experiência patrocinada pelo Conselho da Europa. Durante 12 anos, foi Presidente de Conselhos Executivos Escolares e coordenador do Projeto pedagógico “A Escola e a Assembleia da República”, de 1995 a 2000. É Sócio Honorário da Casa dos Açores do Norte (CAN) e recebeu a medalha de Mérito do CMCA.